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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Prevenção e controle de infecção causada pela Klesbsiella Pneumoniae resistente aos carbapenêmicos ( KPC )

      A Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase popularmente conhecida como KPC , é uma bactéria restrita ao ambiente hospitalar , cuja característica éa produção de uma enzimabetalactamase denominada carbapenemase, que tem propriedade de inibir a ação dos antibioticos carbapenemicos ( imipenem, meropenem e ertapenem ) , dificultando ou reduzindo as apções terapeuticas disponíveis . 
      O surto de Klesbsiella está  frequentemente relacionado ao uso indiscriminado de antibioticos , tais como as cefalosporinas  de terceira geração, por exemplo , a ceftriaxona, cefotaxima e ceftazidima, associado a transmissão horizontal entre os pacientes , quando a equipe de saúde não lava as mãos antes e depois de manipular um paciente , e por último , não coloca em prática as precauções de contato nos pacientes com enfecção ou colonoização por bactérias multirressistentes .
      Essa bactéria pode causar infecção hospitalar principalmente em pacientes imunodeprimidos especialmente os que encontram nas unidades de terapia intensiva. Os pacientes de UTI apresentam ´várias portas de entrada para infecções , tais como sonda vesical de demora cateter venoso central, tudo orotraqueal, cânula de traqueostomia, e feridas de decúbito, facilitando a infecção por bactérias multirresistentes.

Transmissão :
      
       As formas de transmissão são basicamente pelo contato  com secreções ou excreções de pacientes infectados ou colonizados pela bactéria multirresisente , sendo as mãos da equipe de saúde, e seus instrumentos de trabalho, como  o estetoscópio por exemplo, os principais modos de transmissão de um paciente para outro .


Definição


      Todo o paciente acometido ( colonizado e/ou infectado) por enterobactérias produtoras de carbapenemesse como a KPC são classificados como :

- O paciente colonizado é aquele que porta o microorganismo na pele ou em mucosas sem nenhum sinal de sintoma da infecção
- O paciente infectado é aquele que desenvolve síndrome infecciosa de qualquer topografia ( pneumonia, infecção de trato urinário, infecção de corrente sanguinea, meningite, etc.) com verificação do microorganismo em cultura de liquido esteril ( sangue. LCR, urina , etc ) ou em cultura de secreção não estéril que preencham critérios qualiquantativos de infecção de aspirado traqueal ) segundo os critérios nacionais da ANVISA.
- O paciente contactante é aquele que compartilhou quarto com paciente com suspeita ou confirmação de colonozaçãio ou infecção por enterobactérias produtoras de cabapenemase  (KPC).


Medidadas Preventivas


1- Precauções de contato nos cantactantes e pacientes com suspeita ou confirmação de infecção ou colonizados por bactérias multirresistentes. Uso de avental descartável e luvas

2- O uso de máscara e óculos segue as recomendações das precauções padrão de acordo com os riscos dos procedimentos .

3- Realizar cultura de swab anal nos pacientes cotactantes e estabelecer precauções de contato até o resultados dos exames .

4- Realizar coleta de secreção traqueal de pacientes contactantes intubados ou traqueostomizados.

5- Uso exclusivo de materiais e equipamentos

6- Reforçar os cuidados de limpeza utilizando água e sabão e deseinfecção com alcool 70% das superfícies, mobiliários e artigos que entram em contato com o paciente , conforme protocolo estabelecido pela CCIH.

7- Profissionais de saúde exclusicos para prestar assistência aos pacientes com suspeita acometidos e contactantes .

8- Realizar banho com clorexidina degermante 2% ( 3X por semana ) nos pacientes com suspeita , acometidos e contactantes.

9-  Restringir visitas ( caso ocorram, os visitantes devem ser orientados á utilização de precaução de contato para evitar a disseminação do microorganismo .

10 -Enfatizar o uso racional de antimicrobiano pelos médicos .

11- Aplicar, durante o transporte intra-institucional , as medidas de precaução de contato, em adição ás precauções padrão para profissionais que entram em contato direto com o paciente, incluido o reforço nas medidas de higiene do ambiente .

12- Comunicar, no caso de transferência de unidade de internação. encaminhar as resultados dos exames se o paciente é infectado ou colonizado por microorganismos multirresistentes, estabelecer isolamento de contato

13- Após alta hospitalar é importante que o paciente e seus familiares sejam esclarecidos que fora do ambiente hospitalar, essas bactérias representam risco mínimo para a comunidade.

14 Não se recomenda  a interrupção da assistência em serviços de saúde como medida de controle de microorganismos multirresistentes. Medidas sanitárias que conduzem a interrupção da assistência em serviços de saúde devem ser avaliadas criteriosamente, em conjunto com as autoridade locais e entre os níveis de gestão do sistema de saúde


Referências ; UFTM  - protocolos de controle de infecção


Por :       Maribel Mello e Antonio Moraes

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