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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

MONITORIZAÇÃO DO ÍNDICE BIS (BIS)


Monitorização do índice BIS
 
   A monitorização do Índice Bi-Espectral (BIS) é um sistema de monitorização neuro-fisiológica que continuamente analisa electroencefalogramas para determinar o nível de consciência de pacientes submetidos a uma anestesia geral. A noção de "profundidade anestésica" está normalmente associada à formação de experiências ou memórias durante uma cirurgia na qual a anestesia não impede a consciencialização ou mesmo o acordar durante uma anestesia geral.
A Sociedad de Anestesiologia Reanimación y terapeutica del Dolor de Madrid recomenda que a monitorização BIS deve ser utilizada rotineiramente para avaliar a profundidade anestésia. A American Society of Anesthesiologists advoga que a monitorização da função cerebral deve ser efectuada individualmente.
A eficácia da monitorização do índice BIS não é isenta de controvérsia. Alguns estudos controlados mostraram que a utilização do BIS reduziu a incidência de memória peri-anestésica, mas outros estudos multi-cêntricos não não confirmaram esta tese.
Índice  [esconder]
1 Explicação Teórica
2 Cálculo do BIS
3 Profundidade anestésica em crianças
4 Aprovação pela Food and Drug Admnistration- FDA
[editar]Explicação Teórica

   O monitor BIS providencia um único valor não dimensional, o valor BIS, o qual varia de 0 a 100. Um valor BIS de 0 é igual ao silêncio do EEG. Um valor próximo de 100 é o esperado num adulto completamente consciente. Um valor entre 40 a 60 indica o nível recomendado pelos fabricantes para a manutenção de uma anestesia geral.
   O monitor de BIS dá ao anestesista uma indicação da profundidade anestésica do paciente. Esta monitorização pode substituir ou suplementar a Classificação de Guedel de determinação da profundidade anestésica.
   A titulação dos anestésicos para um BIS específico durante uma anestesia geral em adultos (e em crianças com mais de um ano)permite ao anestesista o ajuste da quantidade de anestésico à necessidade do paciente, possivelmente resultando num recobro mais rápido da anestesia(apesar de por vezes o contrário poder acontecer quando o paciente é anestesiado com um BIS mais baixo que o necessário para o procedimento-é o chamado "tratamento do BIS" e resulta numa anestesia mais profunda que o desejável).
   O monitor de BIS pode reduzir a incidência de consciencialização intra-operatória em doentes de alto risco ou procedimentos delicados e, também, pode ter um papel adicional na previsão da recuperação de doentes com graves lesões cerebrais- embora no presente este papel não esteja estabelecido.
   Nos Cuidados Intensivos o BIS permite ao corpo clínico uma dosagem mais segura dos sedativos. Permite também monitorizar o doente, juntamente com a medida da pressão intracraniana, nas terapêuticas de supressão da actividade eléctrica cerebral- "burst suppression".
   O BIS é também usado no transporte de doentes críticos em ambulâncias, helicópteros ou outros veículos.
[editar]Cálculo do BIS

   A essência do BIS é obter um sinal complexo(o EEG), analisá-lo e processá-lo num único número. Existem outros sistemas que reivindicam o mesmo. Este cálculo é dependente de um computador – o recente desenvolvimento de computadores mais rápidos e potentes trouxe um grande desenvolvimento neste campo.
   Quando um indivíduo está acordado o córtex cerebral está muito activo e o EEG reflete essa actividade. Quando a dormir- ou sob anestesia geral- o tipo de actividade altera-se. Em geral, quando existe menos actividade há uma mudança de sinais de alta frequência para baixa frequência (o que é mostrado por uma análise de Fourier) e há uma tendência de correlação dos sinais enviados das diferentes partes do córtex cerebral para ficarem mais randomizados.
   O Índice Bi-Espectral de um electroencefalograma é a soma ponderada de vários parâmetros electroencefalográficos, incluindo um campo de tempo, um campo de frequência e informação espectral de alta frequência. No desenvolvimento do monitor de BIS foral colectados um grande número de registos de EEG(cerca de 1000) de voluntários adultos saudáveis, em situações clinicamente importantes bem definidas com concentrações de fármacos hipnóticos precisamente calculadas. Foram então adicionados as variáveis bi-espectrais e de potência do EEG e, utilizando um modelo estatístico muito desenvolvido foi possível produzir um número de BIS.
   Como em outros tipos de análise de EEG, o cálculo algorítmico que o monitor de BIS utiliza é patenteado pelo fabricante- os princípios do BIS e de outros monitores semelhantes são bem conhecidos, mas o método exacto de monitorização é reservado pelos diversos fabricantes.
[editar]Profundidade anestésica em crianças

   Alguns estudos mostraram uma maior incidência de superficialização anestésica em crianças. A correlação entre o BIS em crianças com mais de 1 ano e o estado de consciência já foi provada. Em idades mais novas o monitor não é fiável devido às diferenças entre o EEG de prematuros e o de adulto que o monitor BIS utiliza para cálculo do algoritmo.
[editar]Aprovação pela Food and Drug Admnistration- FDA

   A FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos da América aprovou o uso do BIS para a avaliação dos efeitos hipnóticos dos sedativos e dos anestésicos gerais em 1996. Em 2003 a FDA aprovou o BIS como um parâmetro de ajuda o controle da amnésia durante a anestesia.
    

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

CLOSTRIDIUM DIFFICILE

                                                                  


                                                           

       Introdução

A Clostriduim Difficile é uma bactéria que está naturalmente presente na flora intestinal de cerca de 3% dos adultos e 66% das crianças.
Esta bactéria nao causa problemas a pessoas saudáveis,contudo alguns antibióticos utilizados para tratar outros problemas de saúde podem interferir com o equilíbrio das "bactérias boas" da flora intestinal. Quando isto acontece, a clostridium difficile pode multiplicar-se e causar sintomas como diarréias e febre.
Como estas infecções são geralmente causadas por antibióticos, a maioria dos casos ocorre num ambiente de cuidados de saúde, no hospital, por exemplo.
O número de casos de clostridium difficile aumentou 7% entre 2005 e 2006, para 55.620 casos em 2006.Uma das principais razões para este aumento foi a melhoria dos testes de diagnóstico da infecção.
Na maioria dos casos, as infecções desta bactéria podem ser evitadas ao assegurar-se uma boa prática de higiene nos ambientes de cuidados de saúde.
No entanto, é uma infecção extremamente contagiosa e espalha-se com facilidade.

     Sintomas

Os sintomas da infecção incluem diarréia ligeira a severa, fezes com sangue, febre e câibras no estômago.
Estes sintomas são normalmente causados por colites (inflamação do revestimento do intestino grosso). Em casos raros, esta bactéria pode causar uma infecção no revestimento das paredes do abdómen (peritonite), septicemia e perfuração do cólon.
Em casos muito raros, a infecção desta bactéria pode ser fatal. Este risco é maior em idosos e pessoas com problemas de saúde sérios.
A maioria das pessoas com esta infecção sentirá os sintomas quando está a tomar os antibióticos.Contudo,os sintomas podem aparecer até 10 semanas depois de terem os antibióticos.

Causas

A clostridium difficile não precisa de oxigênio para sobreviver e se multiplicar (reproduzir), o que significa que sobrevive bem no intestino grosso.
Esta bactéria normalmente não afeta crianças e adultos saudáveis, porque as bactérias saudáveis "boas" do intestino controlam-na.Contudo, alguns antibióticos podem interferir com o equilíbrio saudável das bactérias, permitindo que a clostridium difficile começe a multiplicar-se e a produzir toxinas.
A bactéria então espalha-se através de esporos que deixam o organismo pela diarréia da pessoa infectada. Os esporos podem contaminar o que os rodeia, sanitas, roupas de cama, pele e vestuário.Também se podem espalhar através do ar (por exemplo, ao fazer a cama).
Qualquer pessoa que entre em contato com as superfícies contaminadas pode espalhar a infecção . Os esporos podem infectar outras pessoas ao entrarem no organismo pela boca.
As pessoas que têm esta bactéria naturalmente na flora intestinal não podem espalhá-lá a menos que esta começe a produzir toxinas. É por isso que muitas pessoas têm a bactéria no organismo mas não têm nenhum sintoma.

Diagnóstico

A clostridium difficile é diagnosticada através de analises de laboratóriais a uma amostra de fezes da pessoa infectada. se houver infecção pela bactéria . as análises  mostrarão que existem toxinas da bactéria na amostra fecal . 


tratamento

Só precisara de tratamento para uma infecção da bactéria se tiver sintomas, ,não precisa de tratamento se a bactéria se encontrar no seu organismo de forma indefesa

Se tiver os sintomas de uma infecção pela bactéria, deve parar com o antibiótico que causou a infecção se possível. Assim , as bactérias  "boas" podem voltar a crescer na flora intestinal. isto muitas vezes basta para aliviar os sintomas e acabr com a infecção .


Se os sintomas forem mais severos como diarréias fortes ou inflamação do revestimento do intestino delgado ( colite) , pode ser necessário o uso de antibióticos mara matar a bactéria .

Se os sintomas voltarem, poderão ser-lhe receitados tratamentos de bactérias boas ( probiótico), para encorajar o crescimento de bactérias naturais .

Em casos raros da infecção da bactéria. podera ser necessario recorrer a cirurgia para reparar os danos aos intestinos, sobretudo se houver ruptura no intestiuno delgado ( perfuração do colón ).


prevenção


Infelizmente, a bactéria clostridium difficile pode espalhar-se facilmente, e poderá não ser possível evitar que se espalhe. Contudo, podem tornar-se precauções para diminuir o risco de infecção.
Se visitar uma pessoa num ambiente de cuidados de saúde que está com diarréias ou indisposição, evite levar consigo crianças com menos de 12 anos.

Deve também lavar as mãos , se disponível. O gel de álcool é altamente eficaz, embora a sua utilização não possa garantir um método 100% eficaz de prevenção da propagação da bactéria.
Evite ambientes de cuidados de saúde se não estiver a sentir-se bem ou estiver tido diarréia, não se sente nas camas e obedeça aos horários e a todas as directrizes de visita.

Sempre que possível, as pessoas infectadas com esta bactéria terão um quarto individual com casa de banho privativa, para evitar que a infecção passe para outros.

Maribel Cristina de Mello

  

Prevenção e controle de infecção causada pela Klesbsiella Pneumoniae resistente aos carbapenêmicos ( KPC )

      A Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase popularmente conhecida como KPC , é uma bactéria restrita ao ambiente hospitalar , cuja característica éa produção de uma enzimabetalactamase denominada carbapenemase, que tem propriedade de inibir a ação dos antibioticos carbapenemicos ( imipenem, meropenem e ertapenem ) , dificultando ou reduzindo as apções terapeuticas disponíveis . 
      O surto de Klesbsiella está  frequentemente relacionado ao uso indiscriminado de antibioticos , tais como as cefalosporinas  de terceira geração, por exemplo , a ceftriaxona, cefotaxima e ceftazidima, associado a transmissão horizontal entre os pacientes , quando a equipe de saúde não lava as mãos antes e depois de manipular um paciente , e por último , não coloca em prática as precauções de contato nos pacientes com enfecção ou colonoização por bactérias multirressistentes .
      Essa bactéria pode causar infecção hospitalar principalmente em pacientes imunodeprimidos especialmente os que encontram nas unidades de terapia intensiva. Os pacientes de UTI apresentam ´várias portas de entrada para infecções , tais como sonda vesical de demora cateter venoso central, tudo orotraqueal, cânula de traqueostomia, e feridas de decúbito, facilitando a infecção por bactérias multirresistentes.

Transmissão :
      
       As formas de transmissão são basicamente pelo contato  com secreções ou excreções de pacientes infectados ou colonizados pela bactéria multirresisente , sendo as mãos da equipe de saúde, e seus instrumentos de trabalho, como  o estetoscópio por exemplo, os principais modos de transmissão de um paciente para outro .


Definição


      Todo o paciente acometido ( colonizado e/ou infectado) por enterobactérias produtoras de carbapenemesse como a KPC são classificados como :

- O paciente colonizado é aquele que porta o microorganismo na pele ou em mucosas sem nenhum sinal de sintoma da infecção
- O paciente infectado é aquele que desenvolve síndrome infecciosa de qualquer topografia ( pneumonia, infecção de trato urinário, infecção de corrente sanguinea, meningite, etc.) com verificação do microorganismo em cultura de liquido esteril ( sangue. LCR, urina , etc ) ou em cultura de secreção não estéril que preencham critérios qualiquantativos de infecção de aspirado traqueal ) segundo os critérios nacionais da ANVISA.
- O paciente contactante é aquele que compartilhou quarto com paciente com suspeita ou confirmação de colonozaçãio ou infecção por enterobactérias produtoras de cabapenemase  (KPC).


Medidadas Preventivas


1- Precauções de contato nos cantactantes e pacientes com suspeita ou confirmação de infecção ou colonizados por bactérias multirresistentes. Uso de avental descartável e luvas

2- O uso de máscara e óculos segue as recomendações das precauções padrão de acordo com os riscos dos procedimentos .

3- Realizar cultura de swab anal nos pacientes cotactantes e estabelecer precauções de contato até o resultados dos exames .

4- Realizar coleta de secreção traqueal de pacientes contactantes intubados ou traqueostomizados.

5- Uso exclusivo de materiais e equipamentos

6- Reforçar os cuidados de limpeza utilizando água e sabão e deseinfecção com alcool 70% das superfícies, mobiliários e artigos que entram em contato com o paciente , conforme protocolo estabelecido pela CCIH.

7- Profissionais de saúde exclusicos para prestar assistência aos pacientes com suspeita acometidos e contactantes .

8- Realizar banho com clorexidina degermante 2% ( 3X por semana ) nos pacientes com suspeita , acometidos e contactantes.

9-  Restringir visitas ( caso ocorram, os visitantes devem ser orientados á utilização de precaução de contato para evitar a disseminação do microorganismo .

10 -Enfatizar o uso racional de antimicrobiano pelos médicos .

11- Aplicar, durante o transporte intra-institucional , as medidas de precaução de contato, em adição ás precauções padrão para profissionais que entram em contato direto com o paciente, incluido o reforço nas medidas de higiene do ambiente .

12- Comunicar, no caso de transferência de unidade de internação. encaminhar as resultados dos exames se o paciente é infectado ou colonizado por microorganismos multirresistentes, estabelecer isolamento de contato

13- Após alta hospitalar é importante que o paciente e seus familiares sejam esclarecidos que fora do ambiente hospitalar, essas bactérias representam risco mínimo para a comunidade.

14 Não se recomenda  a interrupção da assistência em serviços de saúde como medida de controle de microorganismos multirresistentes. Medidas sanitárias que conduzem a interrupção da assistência em serviços de saúde devem ser avaliadas criteriosamente, em conjunto com as autoridade locais e entre os níveis de gestão do sistema de saúde


Referências ; UFTM  - protocolos de controle de infecção


Por :       Maribel Mello e Antonio Moraes

CUIDADOS INTENSIVOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM DRENO DE TÓRAX

       Drenagem Torácica :  esvaziamento de conteúdo líquido ou gasoso patologicamente retido na cavidade pleural.
       Os tubos torácicos são usados para retirar liquido ou gases retidos na cavidade pleural ou mediastino .O diâmetro dos tubos são aferidos em medida francesa (F) (Frech). Os tubos mais calibrosos ( 20F a 36F) são para drenar sangue e secreção espessa. enquanto os mais finos (16F a 20F ) são utilizados retirar ar .
        Sistema de aspiração contínua em drenagem de tórax e ou mediastino
Material :
- Extenção de PVC  (duas unidades)
- Frasco de vidro de 3 litros com tampa com haste longa e curta ( três vias )
- Frasco de drenagem torácica de plástico descartável
- 3 frascos de água destilada de 1000 ml
- Luvas de procedimento
- Pinça de preensão
- Conexão em "Y"
- Esparadrapo / fita crepe
Procedimento :
- Higienizar as mãos
- Reunir material necessário na bandeja
- Identificar  o paciente conferindo pulseira de identificação solicitando que o mesmo ou o acompanhante informe seu nome completo
- Orientar o paciente quanto ao procedimento ser realizado, chamando-o pelo nome
- Higienizar novamente as mãos
- manter precaução padrão
- Montar frasco redutor de vidro , de modo que a haste longa fique mergulhada 15 a 20 cm na agua destilada
- Montar frasco coletor de modo que a haste longa fique 2 cm mergulhada na agua destilada
- Rotular os frascos com fita crepe ou esparadrapo , registrando o volume de água destilada, data hora e assinatura , colocando o mesmo no nível da coluna d'agua
- conectar uma extensão de PVC na haste curta do frasco redutor e conectar á rede de asperação ou de vácuo
- Manter aberto para o meio ambiente a haste ( suspiro ) no centro da tampa do frasco redutor
- conectar uma extensão de PVC na haste longa do frasco coletor, alcançando a outra extremidade da extensão ao médico para conectá-lo ao dreno de tórax/mediastino do paciente
- Verificar que as tampas dos frascos estejam vedadas
- ligar a rede de aspiração, observando seu funcionamento
- organizar a unidade do paciente
- desprezar material conforme rotina
- retirar as luvas ( quando for utilizada )
- higienizar as mãos
- Registrar o procedimento no prontuário
Obs .:
- Verificar sempre o material que compõe o kit de drenagem de tórax, pois podem ocorrer variações de acordo com o fabricante
- Utilizar técnica  asséptica ao manipular as tampas (parte interna ) e as conexões da extensão do PVC com as hastes
- Manter sempre uma pinça de preensão junto do paciente
- fechar uma abertura lateral da tampa do frasco coletor , se houver três vias
- observar o volume do frasco redutor que deve se manter o mesmo
- em caso de haver drenagem de tórax e de mediastino , simultaneamente , colocar um adaptador em "y" para unir os dois ao frasco redutor
- Quando necessita a mensuração horária do volume drenado  utilizar uma fita crepe no sentido vertical com escala de hora
- observar sempre a pressão de aspiração adequada evitando assim desfazer o nível de agua destilada do frasco redutor
- ao mobilizar o paciente atentar para que os drenos fiquem campleados evitando o retorno do liquido drenado